quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Na simplicidade

...eu vejo as coisas mais incríveis!
Não quero um dia a mais, quero um dia de paz.
Não quero vendaval, só o som e o sonho dos mortais.
Não leve a mal, sou só mais um.
Quero uma noite tranquila,
um amanhecer comum...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Angústia(da)

Angústia não tem nome, e é por isso que angustia.
Se angústia tivesse nome, teria um nome, e não seria angústia.
Angústia é aquilo que te aperta por dentro, corrói o peito, dói a alma. Falta ar quando se sente angústia, e é impossível explicar o que se sente... só se sabe dizer: "Sinto uma angustia!"

No campo da dor, a angústia não provoca dor aguda; a dor é crônica, e não dá nem pra especificar onde fica.
Há cura pra angústia? Seria ela um sentimento, ou um sintoma?
Angústia é uma angústia... e falo dela na tentativa de ameniza-la.
De onde isso surge, pra onde isso vai?
Qual seria o objeto e o objetivo da angústia?
Uma pulsão não satisfeita pode angustiar?

Perguntas.. perguntas.
Angústia se confunde com ansiedade?
Angústia mascara sentimentos?
Angústia mata?

Sinto-me tentada a dar nomes à minha angustia... mas sei que são tentativas vagas, já que todo ser humano precisa de um sintoma, um nome pro que sente. Todo ser humano precisa controlar o que se passa dentro e fora de si, e criar uma realidade (inventada) pra senir-se no controle é a tarefa mais comum em meio aos homens e mulheres, sobre tudo os homens e as mulheres contemporaneos.

Lógico que angústia tem um objeto; mas nem sempre estamos dispostos a enxerga-lo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O que eu vou ser?

Me vi quase obrigada a pensar numa questao hoje.
Quando e como as pessoas decidem o que vao ser quando crescerem?
Enquanto crianças, escolhemos as mais mirabolantes profissões para o nosso futuro, sem nem mesmo saber exatamente o que quer dizer cada uma dela.
Quando adolescentes, nos vemos na obrigação de pensar e na pressão de decidir o que ser, agora que estou crescendo. É aí que mora o problema.
É necessário decidir hoje o que seremos dali a 20, 30, 40 anos; isso não é um tanto injusto?
Não seria, se não estivessemos diante de tamanha competição e materialismo.
Pergunto: que adolescente, quando escolhe a sua profissão, pensa no que vai realiza-lo? E qual pensa no que vai fazê-lo bem sucedido e vai faze-lo ganhar dinheiro?
É assim que o jovem se forma. Os pais o orientam a fazer o curso que está na moda, e eles esquecem de suas aptidoes, dos seus conhecimentos, do seu gosto. Fazem qualquer coisa, e quanto chegam aos 40 anos... param e pensam: onde eu errei?
Porque aos quarenta voce começa a pensar no que voce ja fez e no que ainda lhe falta fazer. E se você não esta realizado profissionalmente, dificilmente se sentirá realizado como pessoa, e estará emocionalmente abalado... o que fará começar a repensar todas as decisões, e isso pode levar a pensar em coisas que já estão estaveis, e pensar nela faz gerar duvida, e voce vira sua vida de cabeça pra baixo.

E se voce tiver escolhido, la atras nos seus 18, 19 anos, fazer o que te realiza?
As perguntas dos 40 serao respondidas, os anseios terao sido saciados, e mesmo que voce nao tenha todo dinheiro do mundo... vai sentir-se feliz porque faz algo pelo mundo, pelas pessoas, pela sociedade. Nenhum trabalho é em vão, e o meu trabalho precisa ser reflexo do que eu sou. Do contrario, não será bem feito.

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